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As inscrições para a chamada se encerram no dia 22 de setembro
A Oxfam Brasil levará seu elefante inflável de 3 metros de altura da campanha “Justiça Tributária Já!” para Brasília, nesta terça-feira (2/9). Entre 9h e 11h, o mascote estará na Sexta Reunião da CEPAL (Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe), organizada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. O evento vai ser realizado na Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), na Universidade de Brasília.
A ação faz parte da campanha “Justiça Tributária Já!”, que cobra a aprovação, pelo Congresso Nacional, do PL 1087/2025, ampliando a faixa de isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil e estabelecendo um imposto mínimo sobre altas rendas, com espaço para viabilização de uma reforma tributária progressiva, feminista e antirracista. Entre outras pautas desse movimento estão taxação de grandes fortunas e revisão (ou o fim) de privilégios fiscais para combater desigualdades históricas provocadas pela injustiça fiscal.
Além da Oxfam Brasil, a campanha é uma iniciativa das organizações Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Plataforma Justa, Instituto Peregum, Plebiscito Popular e IJF (Instituto Justiça Fiscal). Na Conferência da CEPAL, representantes do movimento distribuirão materiais com explicações didáticas sobre como é feita a cobrança de impostos no Brasil e soluções para uma reforma fiscal mais justa e equitativa.
Munido de adesivos, cartilhas e notas fictícias de R$ 1 bilhão com imagem do mascote da campanha – o elefante –, o grupo pretende abordar quem passar pelo local. O “dinheiro” em questão também é um flyer explicativo sobre justiça fiscal. Já a cartilha “Tem Um Elefante – Guia com tudo o que você precisa saber sobre justiça tributária” traz 16 páginas com linguagem simples mostrando: por que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo; o que é justiça tributária; o que configura um super-rico e um bilionário; diferenças entre tributação sobre trabalho e sobre renda; desigualdades históricas que culminaram no atual sistema tributário, racista e machista e outros assuntos. Há também um glossário para esclarecer o significado de palavras como tributação regressiva, tributação progressiva, imposto sobre consumo, imposto sobre renda, lucros e dividendos, grandes fortunas etc.
ELEFANTE EM SÃO PAULO
A campanha “Justiça Tributária Já!” começou dia 11/8, nas redes sociais e sites das organizações participantes, com posts e vídeos com exemplos de como a tributação está mascarada no dia a dia dos cidadãos e penaliza os mais pobres.
Na última quinta-feira (28/8), o elefante inflável passou pelo Largo da Batata, na capital paulista, onde ocorreu a distribuição dos materiais da campanha. No local, os ativistas procuraram explicar, de modo didático, como o atual sistema tributário impacta o dia a dia da população.
PROJEÇÕES EM BRASÍLIA
Na noite de 26/8, a Oxfam Brasil realizou projeções no Congresso Nacional com imagem do elefante da campanha e mensagens como “O sistema tributário é machista e racista”, “O Congresso não quer que os super-ricos paguem a conta” e “Justiça Tributária Já”, chamando atenção para a urgência de enfrentar a desigualdade no sistema tributário brasileiro.
“Queremos desmistificar, para a população, o sistema tributário brasileiro, e convidar a sociedade para se mobilizar em torno da campanha”, explica José Antônio Moroni, membro do Colegiado de Gestão do Inesc.
Segundo ele, é preciso combater a percepção negativa e o senso comum que são associados aos impostos. “Essa percepção beneficia justamente os super-ricos, que praticamente não contribuem, enquanto trabalhadoras e trabalhadores pagam por esses privilégios tributários. É hora de mudar essa lógica”, diz.
Para Carolina Gonçalves, coordenadora de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil, a votação da reforma da renda (via PL 1087/2025), para isentar quem ganha até R$ 5 mil de pagar IR, é o momento em que a população mais deveria se unir. “Se unir porque essa isenção vai fazer toda a diferença na vida dessas pessoas (R$ 300 a mais mensalmente), mas essa conta não pode ser paga pela classe média: precisamos pressionar para que o Congresso estabelece um imposto a mais para as pessoas de alta renda e precisamos avançar na tributação da riqueza e do patrimônio. Esse é um momento decisivo para a justiça tributária no país”.
(Assessoria de Imprensa)
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