Inclusão e equidade são demandas cada vez mais latentes, e no meio digital é fundamental compreender o papel das tecnologias assistivas na promoção da acessibilidade e qualidade de vida para pessoas com deficiência (PCDs) e mobilidade reduzida. Essas inovações proporcionam e ampliam habilidades funcionais, garantindo autonomia e independência para todas as pessoas.
No entanto, apesar do avanço significativo dessas tecnologias, ainda há uma falta de conhecimento sobre elas, especialmente no ambiente empresarial. Muitas organizações desconhecem o potencial desses recursos para incluir profissionais com deficiência em equipes e promover a acessibilidade.
Hoje, vamos explorar como essas tecnologias podem impactar o cotidiano de qualquer pessoa, independente da sua mobilidade, gerando ambientes com maior equidade a partir de espaços físicos ou virtuais realmente inclusivos.
Descubra com a gente como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.
Tecnologias assistivas: o que são e como funcionam?
Tecnologias assistivas são recursos e serviços desenvolvidos para facilitar a vida de pessoas com deficiência, aumentando suas capacidades funcionais e promovendo independência e autonomia. Essas inovações têm um impacto positivo na qualidade de vida, melhorando a comunicação e auxiliando no enfrentamento dos desafios diários.
No Brasil, somente em 2016, com a portaria nº 142 do CAT (Comitê de Ajudas Técnicas), esse termo obteve um reconhecimento legal. Essa medida tornou a tecnologia assistiva um elemento necessário para promover a inclusão social em empresas e escolas. Embora o CAT tenha sido descontinuado, a Lei Brasileira de Inclusão, instituída desde 2015, permanece em vigor para salvaguardar os direitos das pessoas com deficiência e garantir a acessibilidade em todos os ambientes, tanto físicos quanto digitais.
Confira alguns exemplos práticos de tecnologias assistivas:
✅ Cão-guia
✅ Órteses e próteses
✅ Bengalas, cadeiras de rodas
✅ Rampas de acesso, piso tátil
✅ Sistemas de controle (para luzes, eletrodomésticos, portas e janelas)
✅ Veículos e objetos adaptados
E aí, você imaginava que todas essas opções também são tecnologias assistivas? Pois é! Muitas pessoas acreditam que acessibilidade são apenas possibilidades que se conectam à internet, o que não é verdade.
Nos exemplos citados percebemos que tecnologias assistivas são todas as ferramentas que ajudam pessoas com deficiência a superar limitações e realizar atividades básicas de forma mais eficiente e independente.
O impacto da acessibilidade digital na vida das pessoas com deficiência
A acessibilidade digital desempenha um papel fundamental na vida das pessoas com deficiência, proporcionando-lhes igualdade de acesso e oportunidades.
No mundo digital também temos diversas tecnologias assistivas, como leitores de tela, teclados adaptados e softwares de leitura e reconhecimento de voz, entre outros.
Estas ferramentas permitem que PCDs consumam e produzam conteúdo, tenham acesso a informações, serviços bancários, entretenimento, educação, e tantas outras coisas essenciais para o desenvolvimento pessoal e social de qualquer pessoa. Além disso, a acessibilidade digital é um direito assegurado por legislações como o Decreto Federal n° 5.296/2004, garantindo que todas as pessoas tenham igualdade de acesso à web.
No entanto, ainda há muito a ser feito para atender às necessidades das PCDs. A demanda por tecnologias assistivas está crescendo, mas o desenvolvimento dessas tecnologias não acompanha esse ritmo. É essencial que governos, empresas e pessoas desenvolvedoras se comprometam em tornar a acessibilidade digital uma prioridade, investindo em pesquisas e inovação para garantir que as PCDs possam desfrutar plenamente do mundo digital e todas as suas possibilidades.
Barreiras sociais e equidade no ambiente empresarial: a inclusão de PCDs por meio das tecnologias assistivas
A equidade no ambiente empresarial é um tema cada vez mais relevante, especialmente quando se trata da inclusão de PCDs.
Constituída em 1991, a Lei nº 8.213, conhecida como Lei de Cotas, estipula que empresas com mais de cem profissionais destinem ao menos 2% de suas vagas a pessoas com deficiência. Essa é mais uma grande vitória da luta pela inclusão, mas na realidade pessoas com deficiência apontam que muitas empresas acabam cumprindo a lei mais por uma obrigação do que de fato uma iniciativa genuína ou até mesmo um princípio da organização, pois a maioria das empresas, apesar de ofertarem a vaga, não oferecem condições dignas de trabalho.
Nesse contexto, as tecnologias assistivas desempenham um papel crucial ao permitir que essas pessoas realizem suas atividades com maior autonomia e eficiência. Apesar dos avanços e das inúmeras opções, essas tecnologias ainda são pouco utilizadas pelas empresas que buscam contratar profissionais com deficiência. Por isso é fundamental conhecermos essas possibilidades e nos engajarmos coletivamente sobre a importância dessas inovações, para promovermos uma inclusão cada vez mais efetiva.
Em um artigo anterior mostramos que, segundo dados do Movimento Web para Todos (MWPT) e da BigData Corp de outubro de 2019, entre os 14 milhões de sites ativos no Brasil, menos de 1% atendem a critérios de acessibilidade. Nos sites governamentais, esse percentual diminui para 0,34%.
Na contramão de um cenário capacitista, a Mckinsey & Company, renomada agência de consultoria americana que aconselha empresas, governos e outras organizações, publicou um estudo chamado “A diversidade como alavanca de performance” mostrando que, empresas que investem em diversidade lucram até 33% mais.
Mas vale lembrar que a diversidade vai além de combater desigualdades de gênero e raça. É sobre estabelecer a acessibilidade como uma possibilidade também para pessoas com deficiência, pessoas idosas ou com mobilidade reduzida. O estudo Getting to Equal 2019, da Accenture, apontou que empresas e organizações com práticas inclusivas são 11 vezes mais inovadoras, e o melhor, suas equipes são 6 vezes mais criativas do que os concorrentes.
Dessa forma, além de promover a inclusão como um valor, as empresas que investem em tecnologias assistivas também podem desfrutar de benefícios significativos. Um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado atrai talentos e cria um espaço propício para o desenvolvimento de uma cultura de inovação.
A inclusão de PCDs por meio das tecnologias assistivas contribui não apenas para a equidade nos diversos ambientes, mas também para o fortalecimento das organizações. Ao adotar essas ferramentas, as empresas e instituições demonstram seu compromisso com a inclusão e abrem caminho para um futuro mais justo e igualitário.
Hand Talk: uma ferramenta revolucionária na comunicação entre surdos e ouvintes
Pensando em contribuir com uma sociedade mais inclusiva, a Nossa Causa está em parceria com a Hand Talk, uma ferramenta revolucionária que, além de um menu completo de acessibilidade, utiliza a inteligência artificial para ampliar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, oferecendo mais equidade e acessibilidade.
E se engana quem pensa que a Hand Talk é um recurso apenas para sites. Eles contam também com um aplicativo, gratuito, que pode ser utilizado em diversos contextos, como salas de aula, onde professores e professoras; alunos e alunas; e intérpretes se beneficiam dela como um recurso complementar de comunicação. Famílias que possuem pessoas surdas e ouvintes podem utilizar o Hand Talk em casa, tornando a comunicação mais fluida e eficiente. O aplicativo também é muito útil para estudantes de língua de sinais que desejam aprimorar seu vocabulário.
Através da Maya e do Hugo, tradutores virtuais em Língua Brasileira de Sinais da Hand Talk, é possível oferecer uma comunicação inclusiva via plugin ou aplicativo, permitindo uma interação mais natural entre pessoas surdas e ouvintes, contribuindo significativamente para uma sociedade mais igualitária e acolhedora.
Acessibilidade e comunicação inclusiva: uma luta diária!
Ao explorarmos os diferentes tópicos abordados neste artigo, fica evidente o impacto positivo que as tecnologias assistivas podem ter na vida de todas as pessoas. A acessibilidade digital desempenha um papel crucial nesse processo, permitindo que PCDs tenham igualdade de acesso à informação e possam se comunicar com eficiência no ambiente online.
Com ferramentas como a Hand Talk, por exemplo, é possível promover uma comunicação mais dinâmica e inclusiva.
Portanto, é fundamental que instituições públicas e privadas abracem a inclusão como uma luta diária, estimulando assim o investimento e desenvolvimento de tecnologias assistivas. Com isso, elas não apenas garantem acessibilidade digital e equidade, mas também se beneficiam com as possibilidades que só uma comunicação diversa e inclusiva pode oferecer.
Vamos juntas e juntos construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as pessoas! Acesse Nosso Portal e explore nossa ferramenta Hand Talk! Venha com a gente nessa jornada pela equidade. Inclusão também é a Nossa Causa.