Abigail Disney: “Nós, brancos e ricos, precisamos começar a nos fazer perguntas difíceis”

ONG News
7 de maio de 2025
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Numa provocação que convidou o público a pensar sobre equidade, Abigail Disney, filantropa, ativista e uma das herdeiras de Walt Disney, foi direta: “principalmente nós, brancos e ricos, precisamos começar a nos fazer perguntas difíceis, e mudar a nossa forma de posicionamento para poder transformar o mundo”. Ela compôs a mesa de abertura do 13º Congresso GIFE que, neste ano, tem como tema “Desconcentrar poder, conhecimento e riquezas”, e reúne um total de mil participantes de dentro e fora do Brasil, até o próximo dia 9 de maio, em Fortaleza (CE).

Abigail destacou a importância da sociedade civil compreender o impacto da construção e do fortalecimento de ações conjuntas e intencionais, que incluam todas as pessoas. Em sua fala, instigou a respeito do acúmulo de capital e poder, e reforçou que apenas uma parcela da população tem acesso ao capital social e político. Segundo ela, a população pobre e de classe média doa em média 20% de seus ganhos, enquanto os ricos, apenas 9%.

Para que uma sociedade mais equânime seja possível, destacou Abigail, é fundamental que quem concentra poder e riqueza esteja disposto a abrir mão de privilégios e isso inclui discutir, de forma séria, a taxação de grandes fortunas. Segundo ela, essa é uma das medidas estruturantes para redistribuir não apenas recursos, mas também oportunidades e vozes.

A abertura contou também com a participação da presidente do Conselho de Governança do GIFE, Inês Lafer, e do secretário-geral do GIFE, Cassio França. Em sua fala, Cassio destacou que a filantropia não pode ser de forma apenas incremental, mas disruptiva. “Filantropia no Brasil não pode ser pouco, em número ou quantidade. É preciso ser muito, porque nosso país é muito desigual. Queremos uma filantropia que, de fato, desconcentre poder, conhecimento e riqueza, e ajude a tornar nosso país mais equânime.”

Além disso, o secretário-geral do GIFE destacou a importância de se olhar diretamente para os territórios. “A diversidade não está nos institutos e fundações, está nessas pessoas que estão vivendo a realidade todos os dias”, assinalou. 

Inês Lafer ressaltou que, ao longo dos anos, a cada edição, o GIFE tem impulsionado ações que fortalecem a governança e, consequentemente, promovem um maior equilíbrio racial e de gênero. “O Investimento Social Privado (ISP) e o próprio GIFE estão mais maduros e, por isso, podemos trabalhar com assuntos mais complexos”, finalizou a conselheira.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

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